Qualquer
toque me deixa todo doce.
É
como se eu fosse todo derretido,
tido
consistência mole, fluido e mexendo,
crendo
que presença possa me satisfazer.
Perceber
uma mão sobre a minha.
Amizade
feminina,
menina
que ri satisfeita com a amizade;
qualidade
de mim saída vermelha de intensa,
pretensa
por galanteios fraternos.
Fraternos
mesmo!
Mesmo
macho e fêmea.
Quando
pequeno o feminino me cercava.
Por
fora ele me ensinava a ser homem.
Por
dentro que nem andrógeno,
Por
causa do aconchego delas.
Me
revesti com a sensibilidade delas.
Elas
me ensinaram a ser homem:
sensível,
interno,
materno,
estranho,
terno,
eu
quero...
tê-las
ao meu lado
pra
não sentir o fardo
da
macheza chata, pesada,
que
não deixa ver o belo da fêmea:
pés
33,
cabelos
soltos,
sobrancelhas,
som
de riso e tristeza,
mãos
miúdas,
lábios,
manias,
manhas não!
Feminina
de amizade me encher,
porque
é mais aconchegante
ante
a dureza do mundo.
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